sábado, 30 de novembro de 2013

Apanhado Geral - Neoclassicismo

A literatura do século 18 seria marcada pelo movimento conhecido como neoclassicismo, que propõe a retomada da literatura clássica, reerguendo valores esquecidos pelo barroco.

Um dos aspectos mais importantes da poesia da época é o pastoralismo (ou bucolismo), que pode ser definido como texto que valoriza a vida tranquila do campo. Também chamados de árcades, por remeterem à serenidade da Arcádia.

Há clichês que valem ser destacados. São eles:
·         Fugere urbem “fugir da cidade” - repulsa a intranquilidade da vida urbana; locus amoenus “lugar ameno” - busca da serenidade do mundo campestre;
·         Inutilia truncat “cortar o inútil” - crítica aos exageros da arte barroca;
·         Aurea mediocritas “equilíbrio áureo” - crença de que a virtude está no meio termo;
·         Carpe diem “colher o dia” - convite a aproveitar o momento.

Inicia-se então o neoclassicismo em Portugal com a fundação da Arcádia Lusitana, uma academia literária que promovia reuniões periódicas para cultivar a poesia pastoril.

O grande autor da literatura da segunda metade do século 18 em Portugal foi Manuel Maria Barbosa Du Bocage, que se imortalizou ao trocar locus amoenus por locus horrendus. Também compôs, além de poemas líricos, poemas satíricos.


O neoclassicismo no Brasil se inicia em 1768, quando Cláudio Manuel da Costa publica suas Obras. Além de escritores, surgiram artistas plásticos, como aleijadinho, e músicos, como José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita, que transformaram a região de ouro preto no polo cultural mais importante do País.

Apanhado Geral - Barroco no Brasil e Gregório de Matos

Barroco no Brasil e Gregório de Matos

Embora salvador tenha sido na época polo cultural do Brasil, a obra que tradicionalmente é considerada como o início do barroco no Brasil não foi, entretanto, escrita por um morador de Salvador, mas por Bento Teixeira Pinto, que viveu no Recife e compôs o poema épico Prosopopeia. Linguagem muito usada nessa escola foi a disseminação e recolha.

Os autores mais importantes desse período foram António Vieira, Manuel Botelho de Oliveira e Gregório de Matos. Tomaremos foco em Gregório de Matos, que foi o mais importante.

Todavia não se saiba muito da vida de Gregório de Matos, sabe-se que ele nasceu na Bahia, formou-se em 
Portugal e voltou a Salvador para dedicar-se totalmente à poesia, que se fundava no amor, na reflexão e na religião, relatando, em sua maioria, os conflitos do homem da época.


Versos formais de postura crítica garantiram a Gregório de Matos o apelido de “Boca do Inferno”