A literatura do século 18 seria
marcada pelo movimento conhecido como neoclassicismo, que propõe a retomada da
literatura clássica, reerguendo valores esquecidos pelo barroco.
Um dos aspectos mais importantes
da poesia da época é o pastoralismo (ou bucolismo), que pode ser definido como
texto que valoriza a vida tranquila do campo. Também chamados de árcades, por
remeterem à serenidade da Arcádia.
Há clichês que valem ser
destacados. São eles:
·
Fugere urbem “fugir da cidade” - repulsa a
intranquilidade da vida urbana; locus amoenus “lugar ameno” - busca da
serenidade do mundo campestre;
·
Inutilia truncat “cortar o inútil” - crítica aos
exageros da arte barroca;
·
Aurea mediocritas “equilíbrio áureo” - crença de
que a virtude está no meio termo;
·
Carpe diem “colher o dia” - convite a aproveitar
o momento.
Inicia-se então o neoclassicismo em Portugal com a fundação
da Arcádia Lusitana, uma academia literária que promovia reuniões periódicas
para cultivar a poesia pastoril.
O grande autor da literatura da segunda metade do século 18
em Portugal foi Manuel Maria Barbosa Du Bocage, que se imortalizou ao trocar
locus amoenus por locus horrendus. Também compôs, além de poemas líricos,
poemas satíricos.
O neoclassicismo no Brasil se inicia em 1768, quando Cláudio
Manuel da Costa publica suas Obras. Além de escritores, surgiram artistas
plásticos, como aleijadinho, e músicos, como José Joaquim Emérico Lobo de
Mesquita, que transformaram a região de ouro preto no polo cultural mais
importante do País.
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